ABSTRACT
O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre o posicionamento dos discos articulares e o levantamento dos dados clínicos relativos à queixa de cefaleia generalizada e à presença de ruído ou "click" em um grupo de 74 pacientes, sendo 51 do gênero feminino e 23 do gênero masculino, com idade entre 19 e 78 anos de idade, portadores de manifestações compatíveis a processos de degeneração interna das articulações têmporo-mandibulares e correspondentes imagens em ressonância magnética. As imagens foram adquiridas com a utilização de aparelho com potência de campo magnético de 1.5 Tesla e bobina de superfície dupla para captação de sinais, segundo protocolo indicado para aquisição multiplanar; com ênfase na série definida como intensidade de prótons, posteriormente manipuladas em uma estação de imagem independente (workstation) de alta resolusão utilizando-se ferramentas eletrônicas em quatro situações de amplitude de abertura bucal (repouso, 10 mm; 20 mm; 30 mm) para ambos os lados. As análises foram realizadas por dois observadores em tempos distintos e transferidas para tabelas de identificação para elaboração das análises estatísticas. Procurou-se destacar a importância desse método de imagem como base para diagnóstico de distúrbios dessas articulações, pois em muitas situações as informações clínicas obtidas durante a anamnese não estavam de acordo com os dados imaginológicos. Os dados obtidos foram dispostos em tabelas e gráficos os quais permitiram concluir que não houve vínculo entre o fenômeno de cefaléia e a topografia dos discos. No que se refere à presença de ruído, a associação foi positiva.